Por
Ellen, Margarida, Maria Cristina, Norma,
Rodrigo Massuci, Roseli, Sônia, Suziley, Thais (*)
Era uma vez um professor que tinha medo de computadores...
Ele pensava que os computadores "dominariam" o mundo,
causando um clima de caos com a falta de empregos,
aumento do número de assaltos, pobreza, etc...
Não levava em conta o que o computador
poderia trazer de benefícios para o mundo...
Esse professor não enxergava nada à sua frente que não fosse o medo. O medo do desconhecido. O medo criado por fantasmas que pareciam muito reais. Ele buscava justificativas para pensar daquele jeito. E, caso alguém oferecesse qualquer tipo de argumentação contrária, não tinha ouvidos para ouvir, olhos para enxergar... Não, com ele não, nada feito... esse povo sempre achando que a tecnologia vai superar o que o homem faz...
Para provar que tinha razão, organizou o ENCT, o I Encontro Nacional Contra a Tecnologia. Elaborou convites, enviou, fez contatos... Na verdade, ele só fez isso porque pensava que os computadores "dominariam" o mundo, causando um clima de caos com a falta de empregos, aumento do número de assaltos, pobreza, entre tantas outras previsões pessimistas. Evidentemente que o tal encontro foi um fracasso. Fosse realizado há uns dez anos atrás...mas, naquele momento histórico, não enxergou adeptos de sua teoria. O que fazer? Não,estava tudo errado.... a máquina substituindo o homem...
Refletindo assim, não levava em conta o que o computador poderia trazer de benefícios para o mundo até que seu melhor amigo - justo ele! – contou que era um entusiasta da informatização, disse-lhe maravilhas sobre a tal máquina, sobre a Internet e sobre quanto utilizava essa ferramenta. Seu melhor amigo? Como podia isso estar ocorrendo?
Ele lhe contou que, no computador, aperfeiçoava seu inglês, comunicando-se com pessoas de diversas partes do mundo; encontrava amigos, familiares e conhecidos distantes, o que aplacava sua solidão; informava-se sobre as últimas novidades sobre saúde e qualidade de vida, assunto que muito lhe interessava e percebeu que em todos os lugares ele estava presente... aos domingos na Fórmula I, ajudando os pilotos e sua equipe, no consultório médico colaborando nos exames de diagnósticos, na escola interligando o conhecimento dos alunos com suas pesquisas, no supermercado, no dentista, na televisão, no vídeo game, nos filmes a que assistia no cinema e na TV.
Foi assim que, aos poucos, o medo foi substituído pela curiosidade e pela vontade de desbravar novos caminhos e superar suas limitações, transformando medos limitadores em crenças “possibilitadoras”.
Num belo dia, viu-se diante da máquina...Fugiu? Até tentou, mas... não, buscou adaptar-se à nova realidade existente! Afinal, estava inserido no mesmo mundo de outras pessoas. Não era possível que todos estivessem equivocados!
No processo de adaptação ao mundo digital, descobriu as redes sociais e, a partir de então, a dúvida e a curiosidade passaram a ser suas companheiras. Quanto mais o professor pesquisava, mais soluções encontrava, chegando à conclusão de que a internet é um excelente ferramenta de pesquisa. No entanto, com a sede pelo saber, acabou acessando links de propagandas que prometiam cursos gratuitos e obras raras para baixar sem custo. Notou que, depois de feito o download, sua conexão ficou lenta e começaram a abrir umas telas estranhas em seu computador. Hummmm...o que seria aquilo?
O professor achou melhor consultar seu amigo que tinha mais afinidade com as tecnologias de informação e comunicação, o mesmo alertou-o sobre os vírus e a necessidade do uso adequado dos computadores. Todo cuidado era pouco! Assim como era excelente fonte de pesquisa, a internet também poderia ser alvo de programas maliciosos. Ah! Então era isso? O colega confirmou, fez uma analogia com o mundo real, alertando que no mundo virtual nos deparamos com pessoas bem intencionadas e também com pessoas que agem de má fé. Ou seja, como no mundo real, a máquina em si não é boa nem má. Depende do uso que o Homem faz dela.
Percebeu também que, como professor, tinha um longo caminho a seguir, no sentido de realizar um trabalho que fizesse com que seus alunos percebessem seu real papel diante do mundo virtual. Foi aí que ele propôs a seguinte tarefa aos seus alunos: um grupo deveria listar os aspectos positivos do computador, o outro grupo, os aspectos negativos e um terceiro grupo faria a análise e ponderação dos argumentos para chegar à conclusões...Isso mesmo, faria com que os alunos refletissem criticamente sobre os fatos!
Ele, acostumado a conviver com crianças e adolescentes, bem sabia que a "internet" poderia ser utilizada por criminosos para causar danos às outras pessoas, principalmente pela praga dos pedófilos. Assim, ele tinha a preocupação de alertar seus alunos, bem como seus pais e responsáveis, sobre a maneira segura de "navegar pela net" e sobre a necessidade de bloqueio aos conteúdos dirigidos ao público adulto.
Agora, esse professor, sempre atualizado, não tinha mais medo de computadores, mas dos perigos que pudessem existir diante do mau uso. Agora, esse professor tinha consciência de que o computador com a "internet" diminuiria a distância entre as pessoas, seria uma excelente fonte de pesquisa para elaboração de trabalhos e de complementação do conteúdo das aulas, e uma maneira rápida e barata de manter-se informado e atualizado.
Atento às novidades tecnológicas úteis ao aprimoramento da docência, esse professor acabou por ter certeza de que muitas outras novidades viriam para melhorar a vida de todos, bastando apenas que se tomasse alguma precaução visando à segurança. A tecnologia estava aí, em todas as áreas da vida! Experimentou a alegria da ousadia em sua caminhada vencendo “pré-conceitos” há muito arraigados dentro de si. Percebeu que, para enxergar o novo, é necessário que estejamos abertos a ele, despojados e inteiros.
